Na Universidade de Harvard, no curso “Como Economizar Tempo e Dinheiro”, meus professores apresentaram a teoria de que existem no mundo três tipos de mentalidade empresarial a qual se repete com nuances diferentes desde os tempos mais remotos até os dias de hoje. Esta classificação está baseada na maneira pela qual a empresa enxerga e interpreta os seus próprios resultados e objetivos. O primeiro é aquele em que “vender, vender e vender” é a única prioridade: se as vendas mantiverem um bom ritmo, isto significará que a organização está bem e que os objetivos foram alcançados. Para o segundo tipo de empresa é fundamental tanto vender quanto obter lucros. Finalmente, no terceiro tipo estão as empresas estruturadas para vender, obter lucros e que se preocupam também em ter caixa.
As duas primeiras visões sofrem de problemas que, uma vez agravados, podem levar ao fracasso do empreendimento, como tem sido muitas vezes comprovado. Vender o produto ou serviço é fundamental, mas existem inúmeros outros dados em jogo. Nas empresas modernas, ou melhor, de mentalidade avançada é comum a idéia de transformar o cash slow em cash flow, ou seja, fazer com que a fraca e lenta entrada de dinheiro seja substituída por um fluxo de caixa constante e sólido. Isso assegura à companhia poder de compra e reservas tanto para novos investimentos quanto para safar-se de eventuais percalços.
O hábito de fazer mais do que nos pagam para fazer é um sólido princípio para a vida prática.
Acho perfeita a comparação entre o modo de “navegar” de uma grande empresa e o de um transatlântico: se o mar-mercado encrespa e causa uma falha no mecanismo (a perda de uma concorrência ou qualquer outro revés), os motores podem chegar a parar. No entanto é possível que demore muito até o comandante descubra isso, porque o enorme peso da estrutura continua carregando o navio por muito tempo. Quando o ritmo da navegação torna-se lento demais, percebe-se o problema e começa-se a providenciar uma maneira de consertar o defeito e mudar de rumo. Enquanto isso, já chegaram ao porto sãos e salvos os navios cujos comandantes tiveram visão e o cuidado de tomar medidas preventivas durante a tormenta. Para isso, bastou que esses comandantes enviassem alguém à casa de máquinas, a fim de verificar a possível ocorrência de alguma avaria que precisasse ser sanada imediatamente.
Se você é encarregado de dirigir um setor ou um grupo de pessoas, faça uma autocrítica. Liste pelo menos três boas ideias que teve para melhorar o desempenho dos aprendizes ou o seu. Não caia na tentação de usufruir do poder pleno que lhe foi conferido somente com a finalidade de analisar o trabalho ou as idéias alheias. Outra coisa: se ainda não chegou ao ponto de mandar, nunca se esqueça de que o seu talento e as suas contribuições originais para a empresa é que irão possibilitar que você alcance um posto de chefia. Má disposição liquida todas as qualidades positivas.
Trabalhar, dar o melhor de si, não significa dar o “sangue” pelo seu patrão, mas sim construir o seu futuro.
É preciso que você esteja preparado para a hora de enfrentar as dificuldades, de acreditar no sonho e na possibilidade de vitória e isto significa investir na sua competência e entender sua Evolução Consciente. Um executivo que desiste de evoluir, quando menos esperar será atropelado pelos fatos. “Muitos pensam que sabem; poucos sabem que não sabem; quem sabe, sabe que sabe muito pouco”, dizia A Canalini. Portanto não se deixe enganar, não se acomode. Você está fazendo este ano as mesmas coisas que fazia no ano passado? Se estiver, então está perdendo terreno. A perda de tempo é fatal, tanto na gestão empresarial quanto na vida pessoal. É preciso estar atento a tudo o que ocorre à sua volta, reagindo com prontidão às situações e descobrindo caminhos alternativos para os problemas que se apresentam.
Não são simplesmente as palavras ou as idéias que o tornam um líder. É pelos seus gestos que os outros vão entender por que você está em determinada posição, como sintetizou Oliver Goldsmith: “Você pode pregar um sermão melhor com a sua vida do que com os seus lábios”. Em síntese, o ideal é ser aquele que ouve aquilo que não é dito, que tem modéstia, comprometimento, capacidade de olhar a realidade sob vários ângulos e a habilidade de criar uma companhia que produza metas e desafios individuais para cada um de seus membros. Conquistar o espaço em uma empresa e na sociedade é uma luta de muitos soldados, poucos generais, incontáveis derrotados, mas também de vencedores.
Todo mundo que você conhece, sabe alguma coisa que você não sabe, aprenda com essas pessoas
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