Cajamarca é um importante centro cultural e comercial localizada nas terras altas do norte peruano a aproximadamente 2.750 m de altitude, em um vale irrigado por três rios principais: Mashcon, San Lucas e Chonta, sendo que os dois primeiros se juntam nesta área para formar o rio Cajamarca. Tem 283.767 habitantes. O significado da palavra Cajamarca, de origem quíchua, pode ser “cidade de espinhos” ou “lugar frio”, dependendo da fonte. Em 1986, a Organização dos Estados Americanos designou Cajamarca como um local de Patrimônio Histórico e Cultural das Américas.
Cajamarca está rodeada por um vale fértil, o que torna esta cidade um importante centro de comércio de produtos agrícolas. A indústria mais renomada é a dos produtos lácteos e a da mineração nos arredores que impulsiona a economia da cidade desde a década de 1990.
Seu clima subtropical é característico das altas elevações. As chuvas se fazem presentes na primavera e no verão (de outubro a março) com pouca ou nenhuma precipitação no resto do ano. As temperaturas médias diárias apresentam variação, e o tempo é agradável durante o dia e frio à noite e ao amanhecer. Janeiro é o mês mais quente, com temperatura máxima de 22 °C e mínima de 7 °C. Os meses mais frios são junho e julho, ambos com um máximas de 21 °C e mínimas de 3 °C. As geadas podem ocorrer, mas são menos frequentes e menos intensas do que no sul do Peru.
De origem pré-incaica, a região foi anexada aos territórios do império incaico durante o governo de Pachacutec, em 1465, quando a cidade, tornou-se o lugar favorito do imperador por causa de suas fontes termais e ganhou lindos palácios e templos.
Em 1532, Atahualpa derrotou seu irmão Huáscar em uma batalha pelo trono inca em Quito (Equador). A caminho de Cusco para reivindicar o trono com seu exército, ele parou em Cajamarca. Francisco Pizarro e seus 168 soldados encontraram Atahualpa ali depois de marchar por semanas.
Os conquistadores espanhóis liderados por Francisco Pizarro e seus aliados capturaram Atahualpa na Batalha de Cajamarca, onde também massacraram vários milhares de civis incas desarmados e soldados, de um exército de 80 mil, em um audaz ataque surpresa de canhões, cavalaria, lanças e espadas. Atahualpa ofereceu aos seus captores um resgate por sua liberdade: uma sala cheia de ouro e prata (o lugar agora conhecido como “Quarto do Resgate”). Apesar de ter cumprido a oferta, o último imperador inca foi julgado e executado em plena Plaza de Armas pelos espanhóis em 1533.
Claro que é imperdível visitar o “Quarto do Resgate”, que Atahualpa mandou encher de ouro e prata em troca de sua libertação (4.500 kg de ouro e 130 kg de prata!).
No centro da cidade está a Praça das Armas e, a partir dela, é possível conhecer muitas igrejas construídas com pedras vulcânicas, umas das raras construções incas remanescentes por ali. Entre elas, a capela de Santa Apolônia fica no alto de uma ladeira e a vista de lá de cima é belíssima.
Entre suas atrações, Cajamarca tem numerosos exemplos de arquitetura religiosa colonial espanhola, belas paisagens, locais arqueológicos pré-hispânicos e destacam-se a Igreja de São Francisco (do século XVI), a catedral (do século XVII) de estilo indigenista e a Igreja de Santa Catalina em estilo colonial.
O estilo da arquitetura eclesiástica na cidade difere de outras cidades peruanas devido às condições geográficas e climáticas. Cajamarca está mais ao norte com um clima mais ameno. Os construtores coloniais usavam pedra disponível em vez de argila usada nas cidades costeiras do deserto.
Cajamarca tem seis igrejas cristãs de estilo colonial espanhol: San José, La Recoleta, La Immaculada Concepcion, San Antonio, a Catedral e El Belen. Embora todos tenham sido construídos no século XVII, os últimos três são os mais destacados devido às suas fachadas e ornamentação esculpidas.
As fachadas dessas três igrejas ficaram inacabadas, provavelmente devido à falta de fundos. A fachada da Catedral é a mais elegantemente decorada, na medida em que foi completada. El Belen tem uma fachada completa do prédio principal, mas a torre está meio acabada. A igreja de San Antonio ficou na maior parte incompleta.
Ao redor da praça, há vários micro-ônibus que levam para os Banhos do Inca, a 6 km, onde se toma um banho maravilhoso com água natural e medicinal. Agora, a área é um spa termal, cujas águasu chegam a temperaturas de até 79 °C. É bem limpo, preservado e e tem toda a parte histórica. O cheiro de enxofre é característico do local, mas é muito gostoso e relaxante tomar banho ali. O banho dura aproximadamente uma hora e o preço é absurdamente barato! Recomendo que você compre o ingresso com direito a 30 minutos de banho individual. Se for a Cajamarca, este é um lugar que não pode deixar de visitar!
Caso você vá até o Banhos do Inca, aproveite e emende uma visita até o curioso local Ventanillas de Otuzco, um cemitério onde os jazigos são nichos retangulares de 50 cm x 60 cm abertos na rocha que podem alcançar de 8 a 10 m de profundidade!
O único aeroporto em Cajamarca é o Aeroporto Armando Revoredo localizado a 3 km a nordeste da praça principal. Cajamarca está conectada a outras cidades peruanas do norte por empresas de transporte de ônibus. A cidade é bem servida por ônibus, micro-ônibus, kombis e táxis. O preço varia de acordo com a distância.
Os pratos típicos da região são os chicharrones e o exótico cuy frito ou assado. A bebida típica é a chicha de jora, comercializada apenas nas redondezas da cidade. As humitas, conhecidas por nós brasileiros como pamonhas, também merecem destaque pois são deliciosas, substanciosas e baratas.
Grande parte das acomodações oferece quartos com banheiro privativo e TV. Alguns possuem varanda para relaxar. Existem ainda opções para você levar seu cachorrinho. As compras aqui se resumem às feiras de rua, com muito artesanato, vestimentas típicas e comida local.
Em Cajamarca, os lugares históricos incas enriquecem a viagem!
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