Início Lugares Inesquecíveis Américas Puno é o melhor caminho para conhecer as ilhas de Urus e...

Puno é o melhor caminho para conhecer as ilhas de Urus e Taquile

COMPARTILHE

Puno é uma cidade do sul do Peru que compartilha sua fronteira com a Bolívia. Tem cerca de 120 mil habitantes. Seu relevo é basicamente plano porque boa parte do território está sobre a chapada do Collao, entre as margens do Lago Titicaca. Este é um lugar sagrado dos incas, um povoado de ilhas naturais e artificiais e as montanhas que cercam a cidade. A região metropolitana de Puno, a 3.827 m acima do nível do mar, tem uma população de aproximadamente 160 mil habitantes.

Era habitada por povos anteriores aos incas, os Pucaras, que depois foram integrados à civilização Tiwanaku. Os espanhóis utilizaram o lugar como acampamento para suas tropas. Em aimará, puño significa “lugar de acampar ou dormir”. A cidade foi fundada em 1668 pelo vice-rei Pedro Antonio Fernández de Castro como capital da província de Paucarcolla com o nome de San Juan Bautista de Puno. O nome foi posteriormente mudado para San Carlos de Puno, em homenagem ao rei Carlos II da Espanha.

Puno é o primeiro centro importante na migração constante de povos indígenas dos Andes para as cidades maiores do Peru. É a maior cidade do altiplano do sul e é destinatária de novos residentes de comunidades agrícolas vizinhas menores que buscam melhores oportunidades de educação e emprego. Como tal, Puno é servida por vários pequenos institutos de tecnologia, educação e outras instalações de tipo universitário ou técnico.

Possui sítios arqueológicos pré-hispânicos de construções circulares chamadas de chullpas. É um povo orgulhoso do seu passado quíchua e aymará, que explode a cada ano em danças e ritos folclóricos durante a festa da Candelaria. Puno é lenda, festa multicolorida, povoado de ilhas naturais e artificiais.

A cidade possui várias igrejas que remontam ao período colonial, construídas para servir a população espanhola e evangelizar os nativos. Puno é para adeptos do turismo vivencial, apreciadores da arqueologia, admiradores dos monumentos religiosos, colecionadores de artesanatos, entusiastas das tradições populares, amantes dos animais silvestres e dos esportes de aventura.

Como a altitude é elevada, pegue leve nas suas caminhadas! Carregue protetor solar, seu par de tênis mais confortável e beba muita água. Cuidado com as refeições até às 20 h, pois possivelmente você terá insônia. Em Puno, o frio é mais intenso e a sensação térmica ao ar livre é agravada pelos ventos fortes e úmidos que vêm do lago ao entardecer. É importante, ao se hospedar, pedir um quarto com calefacción (aquecimento).

Puno possui um clima subtropical de terras altas. Como está localizada em uma elevada altitude, experimenta condições climáticas mais extremas do que seria esperado. A temperatura média anual é de cerca de 8,4 ° C e o tempo nunca fica excessivamente quente. Durante os meses de inverno, de junho a agosto, as temperaturas noturnas costumam cair abaixo de 0 °C. A esta alta altitude, os raios do sol são muito fortes. A maior parte da precipitação anual cai durante o verão do hemisfério sul, sendo os meses de inverno muito secos.

Faça um tour a pé a partir da Plaza de Armas passando por três locais históricos que merecem uma visita. A Catedral do século XVIII abriga a imagem, extremamente venerada, do Senhor do Quinário, conhecido como Senhor da Bala desde que foi baleado em um confronto entre os Biscayans e Andaluzes. Outro é o Museu Carlos Dreyer, que abriga exposições de peças de ouro, prata, cerâmica, têxteis, tecidos e esculturas de pedra provenientes de todo o país, artesanato indígena e pinturas coloniais. Há uma exposição de múmias e ouro recuperado das torres funerárias Sillustani. Por último, a Casa de Corregidor, um casarão do século XVII e uma das residências mais antigas de Puno, que abriga uma galeria de arte com exposições permanentes e mutáveis​​, biblioteca com sala de leitura e serviço de pesquisa.

As áreas menos desenvolvidas e mais pobres da cidade, que são altas nas encostas, têm ruas muito íngremes, geralmente não pavimentadas, e não podem ser acessadas pelo automóvel. Uma dessas ruas é o ponto de vista de Kuntur Wasi, que tem uma grande escultura metálica de um condor. Tem um trecho a se percorrer a pé para alcançar a escultura, mas a vista da cidade e do Lago Titicaca é de tirar o fôlego!

Uma das maiores atrações do Lago Titicaca são as pequenas ilhas flutuantes onde habita a tribo dos Uros. Nestas pequenas ilhas, os viajantes podem passear nas famosas balsas de totora. O passeio de barco demora 1h. Você vai gostar de conhecer os habitantes, seus costumes e forma de vida. Na ilha, há ainda um museu com objetos de artesanato local e peças de vestuário. Nem precisei entrar, porque quase tudo o que estava exposto lá dentro era vendido do lado de fora por mulheres de feição típica. Não perca a oportunidade de interagir com as famílias nativas, escolas e lojas. Aproveite esse passeio e siga mais 2 horas de barco para visitar Ilha de Taquile e, se possível, passe ao menos uma noite nesse local.

Uros é uma ilha artificial de 500 metros quadrados. Quando se pisa no chão, tem-se a impressão de se estar afundando, porque o solo tem pouca consistência e parece areia movediça. O material mais abundante é uma espécie de palha grossa, a totora. Logo que comecei a explorar o lugar, vi um barco feito desse material, com um pescador remando de pé. Aproximei-me: o trançado da palha era muito grosso, o que parecia tornar o barco resistente.

Depois entendi por quê. Estudos recentes comprovaram que os orientais saíram da Ásia e foram parar na América usando embarcações de maior porte feitas desse material. O teste definitivo foi feito há alguns anos: um barco de dimensões semelhantes às dos originais partiu de um ponto na Ásia, de onde provavelmente os povos teriam imigrado, para a América e resistiu à experiência. Assim, a totora possibilitou a propagação da cultura asiática no continente americano.

Essa descoberta foi fundamental, porque graças à ela os cientistas conseguiram explicar como traços culturais do Oriente estavam presentes nessas civilizações antigas. Um dos exemplos mais claros são alguns dos desenhos das linhas de Nasca, retratando papagaios e macacos. Os biólogos provaram que naquela época esses animais não existiam na região, sendo impossível, portanto, que os nativos conhecessem tais espécies. Seu habitat natural era a Ásia, o que reforça a teoria da imigração dos povos asiáticos. Eu obteria provas mais claras adiante, na minha viagem.

Uma opção de passeio é visitar o complexo arqueológico de Sillustani que fica a 34 km de Puno e é uma importante necrópole. Fica às às margens da laguna de Umayo, no distrito de Atuncolla. Destaca-se pelas gigantescas torres de pedra (chullpas) que funcionam como grandes sarcófagos, muitas delas com mais de 12 metros de altura.

Puno é uma importante região agrícola e pecuária, sendo que os animais mais importantes são lhamas e alpacas, que pastoreiam seus imensos planaltos e planícies. Grande parte da economia da cidade depende do mercado negro, alimentado por mercadorias contrabandeadas da Bolívia.

Têxteis e outros produtos criados a partir de lã de alpaca, lhama ou ovelha, característicos da área. Eles também fazem instrumentos musicais como o siku (instrumento de sopro) e o charango. Música e dança são partes típicas do folclore de Puno. As danças mais importantes são o Wifala de Asillo, o Carnaval Ichu, o Tuntuna, o Khashua de Capachica, o Machu-tusuj, o Kcajelo e a Puneña Paunilla.

O agito de Puno se concentra na Jirón Lima, rua reservada aos pedestres e que começa na Plaza de Armas e na Rua Libertad. Boa parte dos restaurantes, cafés, lojas, agências de viagens e casas de câmbio ficam por ali. Alguns restaurantes e bares são decorados com os coloridos motivos andinos e servem os tradicionais lomo saltado e ceviche de truta. Tem muitas lojinhas e artesanato com preços bons. Puno é um local que também oferece opções pet friendly.

Puno é servida pelo Aeroporto Internacional Inca Manco Capac, nas proximidades de Juliaca. Para chegar a cidade, há voos regulares a partir de Lima (1h30). A cidade é passagem obrigatória para quem vai de La Paz para Cusco por terra. Caso viaje de trem para Cusco (10h), reserve sua passagem com antecedência. Procure um lugar do lado esquerdo, na janela. Há ônibus diretos, comuns, a partir de Cusco (8h) e também luxuosos com direito a visitas rápidas pelo caminho, mas são bem mais caros. Por via terrestre, de Cusco a Puno são 389 km (6 horas de carro). Há ônibus de linha de Arequipa (5h). De carro de Arequipa a Puno são 285 km (5h de carro),  e de Copacabana, na Bolívia 3 horas de viagem.

Outras cidades no Peru

Ilha de Taquile | Arequipa | Cajamarca | Nasca | Huaráz | Huancayo | Trujillo | Lima | Cusco | Pisac | Machu Picchu

Países nas Américas

 Argentina |  Bolívia |  Chile |  Curaçao |  Estados Unidos |  Peru |  Uruguai

Sugestão do Blog

Palestra Motivacional + Livro + Viagem de Incentivo

 

Leia mais

A Ilha de Taquile é um pequeno paraíso no Lago Titicaca

A ilha de Urus no meio do lago Titicaca

No Peru, praticamente, o país inteiro é um convite à aventura!

Na Patagônia chilena, os parques nacionais são ideais para praticar esportes

O trekking é um dos esportes mais praticados na trilha de Machu Picchu!

Todos merecem desfrutar os Banhos do Inca

Em viagens estilo mochilão, quanto mais leve, mais prático

Minha viagem com o padre Marcelo Rossi e o Gugu

Palestra Motivacional- Soluções Criativas para você e sua empresa

Soluções estratégicas para seu evento

Entrevista I – A origem do Viajante Profissional

Biografia

No seu evento com o profissional Sergio Motta

Livros de Viagens

Planejando sua viagem a Bolívia e Peru

A palavra secreta em quíchua na Bolívia e no Peru

Cuidados na viagem a Bolívia e Peru

Roteiro para Bolívia e Peru (40 dias)

Roteiro para Machu Picchu (21 dias)

A importância do número 3 na minha trilha pessoal

A beleza da filosofia de vida dos incas

Cuy assado com batatas e arroz

Os incas administravam como os países ricos adotam hoje

Saber frases básicas do idioma local pode ser útil para economizar

Comunicar Erro

Preencha os campos abaixo para informar ao blog viajandocomsergiomotta sobre os erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página.

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente ao blog

Compartilhar

Preencha os campos abaixo para compartilhar esta postagem.

Indo Viajar

Gostaria de obter informações, dicas, sugestões, conselhos e quem sabe nos encontramos no local. Por isso estou deixando alguns dados para encontrar-me no Facebook do Grupo Viajando com Sergio Motta.
OBS: Seus dados ficaram por 6 meses após a data de partida expirar. Seja um VIAJANTE TOP.
NomeFacebookDestino(s)ChegadaPartidaStatus