O Chile é um país da América do Sul que ocupa uma longa e estreita faixa costeira encravada entre a cordilheira dos Andes e o oceano Pacífico. Faz fronteira ao norte com o Peru, a nordeste com a Bolívia, a leste com a Argentina. É um dos dois únicos países da América do Sul que não tem uma fronteira comum com o Brasil, além do Equador. O Pacífico forma toda a fronteira oeste do país, com um litoral que se estende por 6.435 quilômetros.
O Chile é um dos mais estáveis e prósperos países latino americanos. Figura como um dos melhores em desenvolvimento humano, competitividade, qualidade de vida, estabilidade política, globalização, liberdade econômica, percepção de corrupção, além de índices comparativamente baixos de pobreza.
Há várias hipóteses sobre a origem da palavra Chile. De acordo com uma teoria do século XVII, os incas chamavam o Vale do Aconcágua de “Chili“, por decomposição do nome de um chefe tribal chamado Tili, que governou a área no momento da conquista inca durante o século XVI. Outra teoria aponta para a semelhança do vale do Aconcágua com o do Vale de Casma no Peru, onde havia uma cidade e um vale chamados Chili. Outras teorias dizem que o termo Chile pode ser derivado de uma palavra indígena que significa “confins da terra” ou “gaivotas”; a partir da palavra mapuche chilli, que pode significar “onde a terra acaba”; ou da palavra quéchua chiri, que significa “frio”, ou tchili, que significa tanto “neve” como “o ponto mais profundo da Terra”.
O Chile possui um território incomum, com 4.300 km de comprimento e, em média, 175 km de largura, o que dá ao país um clima muito variado, indo do deserto mais seco do mundo (Atacama, no norte do país) a um clima mediterrâneo no centro, até um clima alpino propenso à neve ao sul. O deserto do norte chileno contém uma grande riqueza mineral, principalmente de cobre. O sul do país é rico em florestas e pastagens e possui uma cadeia de montanhas, vulcões e lagos. A cordilheira dos Andes está localizada por toda a fronteira oriental chilena.
Qual estação escolher para viajar para o Chile? Depende do que você quer curtir. O Chile é um país muito diverso e vale mais de uma ou duas viagens. Mesmo no verão, leve alguns agasalhos para caso esfriar à noite.
O brasileiro não precisa de passaporte nem visto para entrar no país, apenas da carteira de identidade em bom estado de conservação (de preferência com menos de 10 anos de uso). A moeda no Chile é o peso chileno. A tomada é de 3 pinos e a voltagem é de 220V. Ou seja, caso seu aparelho não seja bivolt, você precisará de um transformador. Apesar de toda água do Chile ser filtrada e você poder beber direto da torneira, muito cuidado. Para quem não está acostumado, a água possui muitos sais minerais e pode não cair bem e acabar atrapalhando seu passeio.
O turismo no Chile tem experimentado um crescimento sustentado ao longo das últimas décadas. São 2 milhões de pessoas por ano visitam o país. A maioria destes visitantes vêm de outros países no continente americano, principalmente Argentina, seguido por um número cada vez maior dos Estados Unidos, Europa e Brasil com um número crescente de asiáticos da Coreia do Sul e China.
As principais atrações para os turistas são lugares de beleza natural situadas nas zonas extremas do país: San Pedro de Atacama, no norte, é muito popular com turistas estrangeiros que chegam para admirar a arquitetura inca, os lagos do altiplano e o Vale da Lua. Em Putre, também no Norte, há o Lago Chungará, bem como os vulcões Parinacota e Pomerape, com altitudes de 6.348 m, 6.282 m, respectivamente. Ao longo dos Andes centrais, há muitas estâncias de esqui de renome internacional, como Valle Nevado e Portillo.
No sul, os principais pontos turísticos são o Arquipélago de Chiloé e a Patagônia chilena, que inclui a Parque Nacional Laguna San Rafael, com suas muitas geleiras, e o Parque Nacional Torres del Paine. No lado chileno da Patagônia, existem cenários ideais para prática de trekking e outros esportes radicais como esqui e escaladas. O Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, em Puerto Varas, oferece natureza selvagem de vegetação intocada que é ideal para passeios de barco e canoagem. Outro local perfeito para trekking ou escalada é o Parque Nacional Torres del Paine, em Puerto Natales.
A melhor época para ir a Patagônia é entre novembro e março, com as temperaturas mais amenas e dias mais longos. No início de abril, o tempo fica chuvoso, ou com neve, e com ventos gelados.
A cidade portuária de Valparaíso, com sua arquitetura original, também é popular. A vizinha Viña del Mar também é famosa por causa de suas praias, casinos e por seu festival de música anual, o mais importante evento musical na América Latina. Finalmente, a Ilha de Páscoa, no Oceano Pacífico, é um dos principais destinos turísticos do Chile.
Para os habitantes locais, o turismo atinge seu auge no verão (dezembro a março), principalmente nas cidades de praia do litoral. Arica, Iquique, Antofagasta, La Serena e Coquimbo são os principais centros de verão no norte, e Pucón, às margens do Lago Villarrica é a principal delas, no sul.
O Chile produz vinhos desde a época dos colonizadores espanhóis. Muitas das vinícolas chilenas estão abertas à visitação e oferecem degustação. Além de lindos, os locais oferecem verdadeiras infra-estruturas não só apenas para tours, mas também nos quesitos refeição e hospedagem. As mais tradicionais ficam nos vales de Maipo e Casablanca, próximos a Santiago, e em Valparaíso/Viña del Mar e Vale de Colchagua, um pouco mais distantes. Assim como na Argentina, faça sua visita às vinícolas no verão, entre janeiro e março, quando as paisagens são incríveis. Abril também é uma boa época, pois as uvas estão mais maduras e é possível prová-las diretamente da parreira. Algumas vinícolas podem ser visitadas e a mais perto de Santiago é a Viña Santa Carolina (Rodrigo de Araya, 1341). A Viña Concha y Toro é a maior do Chile. A Viña Santa Rita e Casa Real (com o melhor almoço da região) e a Viña Undurruga também podem ser visitadas. Existe ainda a Vina Cousino Macul (Av. Quilin, 7100) e vinícolas menores como a Aquitania (que oferece um dos melhores vinhos chilenos) e Alma Viva, que atendem de forma diferenciada. As reservas devem ser feitas com antecedência e muitas não abrem aos domingos.
Entre os pratos locais mais famosos está o pastel de choclo (prato à base de milho), as empanadas de carne e o curanto de Chiloé (forma tradicional de cozinhar em brasas e pedras). Neste último, os alimentos cozinham no vapor coberto por folhas nativas e pedras quentes no subsolo. Se você ainda não experimentou, chegou a hora de tomar um pisco sour, drink com pisco (bebida alcoólica tipica), limão, clara de ovos e açúcar. É uma delicia e os chilenos tomam com frequência!
Não troque todo seu dinheiro no aeroporto, nem no hotel. É recomendável trocar seu dinheiro somente em bancos ou casas de câmbio, NUNCA NA RUA. O comércio local só aceita pesos e cartões de crédito internacionais. Dólares só são aceitos em hotéis e alguns restaurantes de cozinha internacional.
O IVA, Impuesto al Valor Agregado, é o imposto que você paga para tudo que comprar no Chile: comida, bebida, roupas, passeios, hospedagem, etc. Mas, o turista pode ficar isento do pagamento do IVA para hospedagem. E vale muito a pena, porque o valor do IVA é de 19%. Isso é possível pagando em dólar, euro ou cartão de crédito internacional. Porém, é sempre bom consultar as condições no seu hotel antes.
Em termos de comportamento, só enverede pelo assunto da política interna se já tiver alguma afinidade com algum chileno. Este é um país dividido nas questões ideológicas e que ainda não superou os terríveis desdobramentos do golpe militar. O chileno só é efusivo depois de alguma intimidade. Ainda assim, costuma ser gentil, tem simpatia pelos brasileiros e se esforça para entender o ‘portunhol’.
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