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Tulsa é uma espécie de capital da Route 66

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Tulsa é a segunda maior cidade do estado de Oklahoma fundada em 1879. A população é de 403.505 habitantes. A cidade é do Condado de Tulsa, sendo o município mais povoado e desenvolvido que se estende até os condados de Osage, Rogers e Wagoner. Está situada próxima ao rio Arkansas e aos pés das Ozark Mountains no nordeste do estado, em uma região conhecida como Condado Green. A área abrange uns 30 lagos e delimita os estados do Kansas, Missouri e Arkansas. Fica a 159 km de Oklahoma City.

O desenvolvimento da cidade desde a década de 50 tem sido relacionado à sua localização para as interestaduais I-44 e I-244, bem como para as rodovias estatais 11, 51, 64, 75, 169 e 412. Várias estradas do tipo turnpikes (extensas e repletas de pedágios), incluindo Creek, Will Rogers, Cimarron e Turner, conectam Tulsa a outras cidades regionais. Tulsa foi chamada de uma das grandes cidades mais habitáveis da América.

A cultura de Tulsa é influenciada pelas regiões do sudoeste, do meio-oeste e do sul, bem como pela presença dos nativos americanos. Essas influências são expressas em seus museus, centros culturais, festivais étnicos, parques, zoológicos, monumentos públicos, entre outros. O centro cultural e artístico de Oklahoma, como Tulsa é denominada, abriga dois museus de arte de renome mundial, grupos de ópera e corpo de balé profissionais. Além disso, possui uma das maiores concentrações de arquitetura art déco do país.

Tulsa tem um clima temperado subtropical úmido com uma temperatura média anual de 14 °C. Experimenta picos de chuva entre setembro e início de outubro. Como é típico das zonas temperadas, os padrões climáticos variam de acordo com a estação, com extremos ocasionais de temperatura e chuvas.

A área onde está Tulsa foi considerada território indígena e abrigou as tribos Lochapoka e Creek em 1836. Eles estabeleceram um pequeno assentamento sob o Oak Council Tree no atual cruzamento da Cheyenne Avenue e da 18th Street. Originalmente, era chamada de Tulsey Town, “Velha Cidade”, por causa dos índios da tribo Creek. Mais tarde, se tornou “Tulsa”.

Em 1890, surgiu o primeiro posto dos correios e em 1882 chegou a estrada de ferro. O gado veio logo depois para as ruas enlameadas ou empoeiradas, dependendo da estação do ano. “Era muita lama ou poeira para limpar”, reclamavam os moradores. Assim, os cidadãos decidiram que as ruas da cidade deveriam ter apenas 24 m de largura, em vez de 30.5 metros, a medida padrão. Os habitantes tiveram ainda vários problemas para que o lugarejo se desenvolvesse ao longo dos anos.

Os índios e alguns homens brancos viveram tranquilamente na região por 25 anos até a Guerra Civil, quando tropas foram enviadas para lutar contra os Confederados. Após a Guerra, as tribos assinaram os Tratados de Reconstrução com o governo federal que, em alguns casos, exigiam grandes concessões de terras. Tulsa foi periodicamente visitada por uma série de bandidos, incluindo o lendário Wild Bunch, Dalton Gang e Little Britches.

Em 1901, foi descoberto petróleo na cidade vizinha de Red Fork. Tulsa temeu transformar-se num subúrbio da outra localidade. Construíram então a Toll Bridge, uma ponte que cobrava pedágio para ser atravessada, e ofereceram Tulsa como uma cidade “pequena e bonita, seca e alta, onde há boas igrejas, escolas e bancos”. Era o início de uma era, com muitos investidores de olho na área.

Seu tom cosmopolita é reforçado ainda pela principal atividade, a extração do petróleo. Tulsa foi impulsionada ao seu ápice quando o ‘ouro negro’ fora descoberto jorrando próximo a Glenn Pool, tornando-se a capital do petróleo no mundo! Muitas companhias de petróleo elegeram Tulsa como sua cidade sede. Em 1920, eram 400 diferentes companhias de óleo e 100 mil pessoas morando naquela localidade. Sucedeu-se então o boom do crescimento com mais de 10 mil telefones, 7 bancos, 200 advogados e 150 médicos e inúmeros estabelecimentos.

Tulsa desempenhou um papel de prestígio como um dos pólos mais importantes para a indústria petrolífera americana. Os esforços subsequentes de diversificação criaram uma base econômica nos setores de energia, finanças, aviação, telecomunicações e tecnologia.

Um fato importante veio a colocar Tulsa no cenário mundial. Em 1931, Dick Rowland, um rapaz negro fora acusado de assalto a Sarah Page no Drexel Building. Os boatos, gerados muito mais pelo pânico de Sarah, ganharam destaque e o caso era exageradamente aumentado a cada língua que o propagava. A polícia de Tulsa prendeu o moço. Contudo, com a divulgação do incidente na imprensa, agora com uma proporção brutal e requintes de uma violência que não existiu, a população não esperou em formar um cordão de linchamento para executar Dick Rowland na sua saída do tribunal. As pessoas ligaram o caso às ações Ku Klux Klan, repletas de crueldade. Os oficiais, claro, tentaram proteger o acusado. Mas a população negra também se revoltou contra os brancos que queriam a execução de Rowland e deu-se início o motim, que cessou somente 24 horas depois. O saldo foi de 800 feridos, mais de 1400 casas destruídas e 300 mortos.

Tulsa é uma espécie de capital da Route 66, pois foi onde Cyrus Avery morou e onde ficava a associação que impulsionou todo o progresso da estrada através dos anos, até ser desativada.

Grande parte de seu charme está na abundância de sua arquitetura art déco, como a igreja metodista da Boston Avenue. Um passeio pelo centro é um verdadeiro paraíso para estudantes de arquitetura interessados neste estilo dominante nos anos 20. Na 11th Street, por onde passa a Route 66, agrupam-se motéis e restaurantes.

Visite o Route 66 Village, museu a céu aberto e parada obrigatória! O local é inspirador e você não pode deixar de ir lá, com câmera ou smartphone em punho, e registrar os objetos ligados ao crescimento industrial de Tulsa, da exploração do óleo, do refino e do transporte. Tem vagões de passageiros, motores, torres de óleo, lamparinas a óleo usadas para iluminação e carros-tanque de óleo, todos restaurados.

Alguns ícones da cidade, como placas e estátuas, que também devem ser vistos: o Meadow Gold Sign é uma placa histórica de um local bem popular na região no Pós-Guerra; a Cyrus Avery Centennial Plaza, escultura de bronze que retrata Avery, patrono da Route 66, e sua família num Ford de 1926 indo de encontro à uma charrete que transporta barris de óleo; o Route 66 Gateway, que dá boas vindas aos visitantes que viajam ao longo da Route 66 e adentram Tusa; as esculturas Praying Hands (“mãos que rezam”); e o Golden Driller, monumento de 23 m e 19 toneladas que representa a capital mundial do petróleo. Diferente! Registre!

Vá também a locais históricos, museus e jardins que a cidade oferece, como: o Tulsa Historical Society & Museum; a loja Route 66 Harley-Davidson; o lindo Tulsa Garden Center; o interessante Gershon and Rebecca Fenster Museum of Jenish Art; o posto Vickery Phillips 66 Station; o Historic Circle Theater; a ponte Route 66 Arkansas River; o Woody Guthrie Center; o Gilcrease Museum; o Tulsa Air & Space Museum & Planetarium. Há ainda o Gilcrease Museum, o Philbrook Museum of Art e o Centro Cultural Greenwood. Há mais de cinquenta construções listadas no Registro Nacional de Lugares Históricos, como a Igreja Metodista da Avenida Boston, o Hotel Ambassador, o Brady Heights Historic District, a Robert M. McFarlin House, a Waite Phillips Mansion.

Para comer, as opções são muitas, econômicas e gostosas. Entre elas: El Rancho Grande (melhores encilladas e margaritas da cidade), Route 66 BBQ, Fuel 66 Food Truck Park, 918 Coffee, Dena’s Lebanese & Ethnic Cuisine, Mimi’s Grill, Ike’s Chili, Maxxwells Restaurant, Tally’s Good Food Café, Hank’s Hamburgers.

Parei aqui no Ollie’s Station porque este é um dos locais mais diferentes que já vi, uma verdadeira atração! Repleto de miniaturas de trens, vagões e itens de ferrovias, além de maquetes com cenários. Um Ferrorama foi montado no teto e o trem passa sobre sua cabeça enquanto você come! As crianças amam este local! Da cozinha, chegam cheirosos e gostosos empanadinhos de frango e bons hambúrgueres. Perfeito! Outros locais bacanas que seguem: Foolish Things Coffee Company, Arnie’s Bar, The Hunt Club, James E. McNellie’s, Mercury Lounge, Marshall Brewing Company e o Prairie Artisan Ales.

No quesito hospedagem, a cidade tem bons hotéis e motéis, locais com amenidades, vintage ou famosos: Desert Hills Motel, The Campbell Hotel e o Oasis Motel.

A cidade oferece boas opções para compras como o Urban Outlet e o Wow Factor Outlet, onde dá para garimpar boas ofertas.

Para ir até Sapulpa, pegue a I-244 W e a I-44 W, 17 minutos de viagem.

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