É a cidade mais antiga do mundo com mais de 10 mil anos de existência. Ali, foram encontradas muralhas com mais de 8 mil anos! A cidade é pelo menos cinco vezes mais antiga que as pirâmides do Egito. Jericó situa-se no vale do Rio Jordão, a 20 km ao norte do Mar Morto e a 40 km de Jerusalém.
Na Bíblia, era denominada como a “Cidade das Palmeiras”, pois os cachos de tâmaras eram abundantes na região. A localidade é citada tanto no Velho quanto no Novo Testamento. Foi a cidade onde houve o famoso massacre entre hebreus e cananeus. Também foi ali que Jesus restaurou a visão do cego Bartimeu e converteu Zaqueu, realizando em favor de ambos o seu ministério de Bom Pastor. Jericó é a cidade que Josué conquistou de maneira pacífica (Js 2,1-4,24), graças às famosas trombetas que na simbologia bíblica manifestavam a intervenção de Deus. E também foi o local onde morreu o Rei Herodes, o ferrenho perseguidor de Jesus Cristo. Após sua morte, a cidade foi destruída por escravos rebeldes e, mais tarde, reconstruída em um lugar próximo de onde a cidade ficava realmente. Jericó teve importante papel na vida de Jesus Cristo.
Escavações feitas no local indicado pelo Antigo Testamento encontraram vestígios de fortificações calculadas com datas anteriores aos eventos relatados no livro dos Juízes. Estes estão localizados no atual Tel es Sultan, um tipo de sítio arqueológico em forma de monte que abriga os escombros de várias cidades, algumas milenares.
No Novo Testamento, Jericó foi localizada mais ao sul do Vale Jordão, onde Marco Antonio presenteou a Cleópatra e onde Herodes, o Grande, edificou seu palácio de inverno. Em 1950, James L. Kelson escavou em Jericó este último local e ali foram encontrados o hipódromo, as fontes, a piscina, ruínas de jardins e edifícios que parecem pertencer a um palácio.
Hoje, possui cerca de 25 mil habitantes muçulmanos e é conhecida por ser uma cidade-oásis ao sopé da montanha de Judá, a 240 metros abaixo do nível do mar, um recorde mundial.
Para seus habitantes, o nome da região significa “perfumado” ou “lugar de suave odor”, devido ao odor das plantas. Por outro lado, Jericó também é pronunciado “Yəriḥo”, em hebraico, pois ali era um antigo centro de adoração a deuses lunares.
Apesar do ambiente conturbado pelo conflito árabe-israelense, os turistas são a maior fonte de receita de Jericó. A cidade é um centro turístico muito frequentado pelos árabes de Jerusalém. Nos arredores da cidade, se cultivam diversas frutas como bananas, figos e laranjas.
Por ser um lugar diferenciado, com oferta de água, clima ameno, plantas e possibilidade de agricultura, a região tornou-se habitável, apesar de inóspita, desde muito tempo, tendo vários vestígios arqueológicos muito antigos.
Jericó é um verdadeiro museu a céu aberto com ruínas de diversas épocas. Ali está presente uma muralha muito sinuosa remanescente de uma cultura do período mesolítico datada de 9.000 a.C. Outras ruínas podem guardar vestígios de uma igreja bizantina construída no século IV ou do palácio que pertenceu a um sultão do século VIII.
Durante a Primeira Guerra Mundial, as forças britânicas conquistaram a cidade moderna. Desde então, ela ficou sob o controle árabe. Isso aconteceu conforme os termos estabelecidos no plano das Nações Unidas de 1947, para a divisão da Palestina.
Entretanto, após o confronto entre árabes e israelitas entre 1948 e 1949, a cidade de Jericó foi incorporada pela Jordânia. Porém, em 1967, Israel conquistou a Cisjordânia durante a Guerra dos Seis Dias. Mais tarde, no ano de 1993, houve a assinatura do acordo de paz entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Assim sendo, em maio de 1994, as tropas israelenses se retiraram de Jericó e a cidade ficou sob o controle da administração palestina.
Os locais na cidade e na região para serem visitados são de grande relevo histórico e religioso, por isso minha sugestão é que você estruture seu plano de viagem e faça uma visita pelos pontos mais importantes no centro, a Fonte de Elizeu e o Sicamoro.
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