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Você sabe de que Jesus morreu?

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Apesar do movimento e alvoroço do caminho, foi uma experiência espiritual inesquecível percorrer o sofrido trajeto de Jesus em seu último dia na terra. Toda sexta-feira, às três da tarde, peregrinos cristãos de várias partes do mundo se juntam à procissão dos franciscanos para refazer estes passos e recordar a agonia do Filho de Deus, bem como seu exemplo extremo de entrega à humanidade e à sua causa.

Ao sair da basílica, resolvi ir até a biblioteca, na igreja dos fransciscanos, para continuar a pesquisa que vinha fazendo sobre Jesus. Pedi ao atendente que me indicasse leituras que se centrassem principalmente no período final da vida dele. Um senhor magro, de óculos redondos apoiados no meio do nariz, me observava. O silêncio ali era tal, que a intervenção feita por ele quase me assustou:— Você sabe de que Jesus morreu?

— Não.

Minha expressão de curiosidade deve tê-lo incentivado. Sem perguntar o meu nome ou o que fazia ali, sentou-se junto a mim e começou a contar:

— Os especialistas têm procurado dar uma resposta científica a esta questão. Se pendurarmos uma pessoa pelas duas mãos, o sangue desce com grande rapidez para a metade inferior do corpo. Seis a doze minutos depois, a pressão arterial cai pela metade e as pulsações duplicam. Como o coração recebe pouco sangue, o resultado é o desfalecimento. Em conseqüência da circulação sangüínea insuficiente no cérebro e no coração, dá-se rapidamente um colapso cardíaco.

— Se for assim, esta morte não seria tão lenta quanto as narrativas bíblicas fazem supor.

— Bem observado. Mas sabe-se que os crucificados só morriam após dias na cruz. Às vezes, demoravam um longo tempo. Em algumas ocasiões, os romanos colocavam na parte vertical da cruz um pequeno apoio para os pés, chamado sedile ou assento. Se o crucificado, em sua angústia, se apoiava de vez em quando no sedile, o sangue subia de novo à parte superior do corpo e o princípio de desfalecimento desaparecia.

— Quer dizer então que isso era uma forma de prolongar o sofrimento?

— De certo modo, sim. Quando queriam acabar finalmente com o crucificado, os romanos recorriam ao crurifragium, ou seja, quebravam os joelhos dele a golpes de bastão.

Senti um arrepio só de imaginar a cena.

— Então, sem poder apoiar os pés, ele morria rapidamente de insuficiência cardíaca — concluí.

— Exato. Jesus, porém, foi poupado deste crurifragium. Os soldados quebraram as pernas dos outros dois que foram crucificados a seu lado. Quando chegou a vez dele, constataram que já estava morto. Portanto, o procedimento não era mais necessário. E olhe que os judeus foram pedir a Pilatos que praticasse o crurifragium, porque era “a vigília do sábado” e também o dia de descanso. Pela lei judaica, os crucificados não poderiam passar a noite na cruz. Por volta das seis da tarde, iniciava-se o sábado da semana da Páscoa, durante a qual estava interdita qualquer execução. A proximidade da grande festa explica a maneira como foram precipitados os acontecimentos do dia: a prisão noturna, o julgamento, a execução e o sepultamento de Jesus, tudo no espaço de poucas horas.

— Realmente, isso sempre me impressionou muito, a rapidez com que tudo aconteceu. Pilatos e Ceifas tinham um complô muito bem armado! São personagens históricos que dão raiva.

O teólogo me lançou um olhar condescendente:

— Não seja tão rigoroso. Nem Pilatos, nem Ceifas foram vilões. Eles se limitaram a cumprir as leis. Há muita gente digna de despertar iras bem maiores. Pilatos, inclusive, sabendo que Jesus era inocente, fez uma tênue tentativa de salvá-lo. No entanto, a multidão rejeitou a sua oferta de clemência e permitiu que o governador lavasse suas mãos. Jesus não se defendeu, nem buscou perdão, restringindo-se a dizer: “Para isto vim ao mundo. A fim de dar testemunho da verdade.” Talvez o comentário de Pilatos fale por si: “Que é a verdade?” E quem sabe a resposta? Fiel ao desejo de Deus, Jesus aceitou todo o sofrimento.

— É. Ele deixou as coisas acontecerem. Mas, interessante, percorri a Via Dolorosa hoje e constatei que não é tão longa quanto imaginava — observei.

— Para quem não está carregando uma cruz nas costas, pode ser. O caminho que vai hoje do arco do Ecce Homo, o lugar do tribunal de Pilatos, até o Santo Sepulcro, passando pela estreita Via Dolorosa, mede exatamente mil passos.

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