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Uma noite dormindo no aeroporto de Amsterdã

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Desembarquei no aeroporto internacional de Schipol, em Amsterdã, depois de dez horas de vôo, por volta de meio-dia pela hora local. Fiquei olhando os que circulavam por ali, todos fechados e absorvidos em seus destinos.

Começara a concretizar a intenção de percorrer os caminhos de Jesus Cristo na Terra Santa, conforme os relatos bíblicos. Haviam sido 26 meses de pesquisa até ali. Iria tentar esclarecer minhas dúvidas sobre liderança refazendo os passos do maior líder da história da humanidade.

A temperatura era de quatro graus e o tempo estava nublado. O vôo para Tel Aviv deveria partir às 18h30. Resolvi aproveitar as seis horas e meia livres de que dispunha para andar um pouco pelo aeroporto. O embarque seria no portão E6.

Fui até o início da seqüência de esteiras rolantes na seção de embarque E. Contei pacientemente 183 passos, do portão E2 ao E9. Até lá, era necessário passar por duas esteiras. Subi na primeira e avaliei quanto tempo levava para percorrê-la. Resultado final: cento e cinqüenta segundos. Repeti o procedimento na outra e cheguei ao mesmo número.

O engenheiro havia caprichado nos cálculos. A princípio, isso talvez pareça apenas uma excentricidade. Mas, na realidade, tratava-se de um exercício mental, pois queria ser capaz de relatar o que visse com toda a riqueza de detalhes. Por isso, optei por usar os minutos que restavam para disciplinar a percepção e desenvolver a curiosidade ao máximo.

Veio a hora do check-in. Na fila, havia duas mulheres e um executivo. Na minha vez, fui encaminhado a um jovem de óculos e estatura mediana que me fez o interrogatório típico de quem vive em constante alerta contra o terrorismo. Perguntou-me quem arrumara minha mala, quem me deixara no aeroporto, se alguém me dera algo para levar, onde eu ia ficar. De repente, uma voz no sistema de som anunciou:

— Atenção, senhores passageiros. O voo para Tel Aviv acaba de ser cancelado em virtude de uma greve em Israel. Os senhores serão acomodados em um hotel e amanhã, no mesmo horário, embarcarão para a capital israelense.

A notícia caiu como uma ducha de água… morna. Tudo bem, meu planejamento fora alterado. No entanto, uma noite e um dia em Amsterdã não era, nem de longe, uma má idéia.

No dia seguinte, acordei cedo e arrumei a bagagem. Às cinco da tarde, pegamos o ônibus para o aeroporto. O voo estava marcado para as 20h25. Passei pela Alfândega e refiz parte do procedimento anterior. Tudo em vão. Fomos informados de que a greve prosseguia e a viagem seria adiada de novo. Só que, desta vez, a previsão de partida era para as oito da manhã do outro dia.

Além disso, a companhia aérea não pagaria a hospedagem. Deram-nos apenas uma pochete com utensílios básicos. Nesse meio tempo, a confusão aumentava. Com tanto atraso, havia pelo menos três voos e cerca de mil pessoas encalhados em Amsterdã.

Era hora de procurar um sofá para dormir. Vi um em frente à loja de souvenires. Eram quase dez da noite e, em vez de sono, só havia apreensão. Seria uma noite longa. Passou-se uma hora e fui dar uma volta pelo aeroporto. Acomodei-me no sofá para tentar descansar, embora um casal de ucranianos sentado às minhas costas não parasse de conversar. Foi um sono difícil, superficial. Despertei bruscamente. Olhei o relógio: 4h33. O barulho da escada rolante soava familiar. Fora ele que me levara a sonhar que estava num barco no mar da Galileia.

Fui andar a esmo pelo aeroporto. Lembrava uma cidade fantasma. Poucas horas antes, empresários, famílias, idosos, crianças, grupos turísticos, cada um com destinos totalmente diversos, povoavam o local. Agora, me via sozinho de meias no saguão, como se estivesse em casa.

Parecia um sonâmbulo na própria sala de estar, mas atento a tudo que ocorria. O aeroporto é uma espécie de ponte de ligação entre o cotidiano e os sonhos e objetivos. Será que a vida é um grande aeroporto onde estamos apenas de passagem? Comecei a achar que nada daquilo era coincidência. Pela primeira vez, tive uma percepção concreta da vontade indiscutível que sentia de percorrer o caminho de Jesus. Estávamos todos no mesmo barco, ou melhor, no mesmo voo…

Como estava descalço, meus pés foram ficando gelados. Exausto, atirei-me em um sofá. Às seis da manhã estava desperto, mas a realidade foi implacável. O voo fora cancelado outra vez. Precisava arranjar um jeito de sair daquela situação. O aeroporto já se enchia de gente. O tempo foi passando e, no final da tarde, expliquei minha situação a um supervisor da companhia aérea, que sugeriu:

— Por que não troca sua passagem para Amã, na Jordânia? Lá, pode pegar um ônibus até a fronteira com Israel e, depois, outro até Tel Aviv.

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