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O segredo da felicidade está em exigir muito de si e pouco dos outros

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Quem pensa que vai conseguir sempre se safar, sem enfrentar as crises de frente está muito enganado. Os que agem assim, talvez estejam adiando por vários anos um desfecho (que, no caso de uma empresa pode ser a inviabilização). Uma coisa é certa: o desfecho, de uma forma ou de outra, virá. A palavra crise origina-se do grego “krisis” e significa separação, julgamento, momento decisivo. Momento decisivo para a mudança de rumos, porque o mundo, o mercado, os hábitos e os costumes mudam e de maneira muito acelerada.

E as mudanças, além de rápidas, são cada vez mais profundas. Quem resiste a esta verdade fica para trás. Por isto, trabalhe muito. “Cada vez que um valor nasce, a existência assume um novo significado; cada vez que um valor morre, uma parte de seu significado desaparece”, dizia Joseph Wood Krutch. Prepare-se. É como ensina a música: “Reconhece a queda e não desanima. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”, pois afinal o seu objetivo é evoluir.

A maioria dos homens, mesmo os que acham que o azar os persegue, acreditam na felicidade. E cada um a vê sob um aspecto diferente: para o doente, a felicidade está na saúde; para a solteira, no casamento; para um fracassado, na riqueza e nos prazeres; para o jovem ambicioso, na conquista do poder; para o prisioneiro, na liberdade. E cada um segue rumo à sua terra da Promissão.

Mas quando lá chega, dá-se conta, passada a primeira exaltação, de que suas metas eram ilusões. A felicidade toma então novo aspecto: o doente recuperado passa a vê-la no dinheiro; o prisioneiro libertado, no prestígio social; o pobre enriquecido, na conquista das mulheres. E nas suas procuras, acabam geralmente por encontrar as mesmas desilusões. Pois o erro dos homens em geral é procurarem a felicidade em toda parte, menos onde ela está: em si mesmos.

O verdadeiro segredo da felicidade está em exigir muito de si e pouco dos outros. Pensar que o contentamento procede de alguma coisa fora da nós e não de uma qualidade da alma, é um dos maiores enganos. “A felicidade não é uma estação onde chegamos, mas uma maneira de viajar” dizia Margaret Lee Rimbeuk.

Viver feliz é um poder da alma

A fábula oriental da camisa de um homem feliz retrata essa situação. Um califa, sofrendo de uma doença mortal, estava deitado sobre almofadas de seda. Os raquins, os médicos de seus país, congregados ao seu redor, concordavam entre si em que apenas uma coisa poderia conceder cura e salvação ao califa: colocar sob sua cabeça a camisa de um homem feliz. Mensageiros em grande número saíram buscando, em toda cidade, toda vila toda cabana, um homem feliz. Mas cada pessoa por eles interrogada nada expressava senão tristeza e preocupações. Finalmente, após ter abandonado toda a esperança, os mensageiros encontraram um pastor que ria e cantava enquanto observava seu rebanho. Era ele feliz? “Não posso imaginar alguém mais feliz que eu”, disse o pastor, rindo-se.

“Então, dê-nos tua camisa”, gritaram os mensageiros. Mas o pastor respondeu: “Eu não tenho nenhuma camisa!”. Essa notícia patética, de que o único homem feliz encontrado pelos mensageiros não possuía camisa, deu o que pensar ao califa. Por três dias e três noites ele não permitiu que nenhuma pessoa se aproximasse dele. Finalmente, no quarto dia, fez com que suas almofadas de seda e suas pedras preciosas fossem distribuídas entre o povo e, conforme conta a lenda, daquele momento em diante o califa outra vez ficou saudável e feliz.

A riqueza normalmente gera uma forma de vida toda sua, seja pelo prestígio que transmite, pelo comportamento afetado que exige, pela exclusividade que gera ou pela ética quase calvinista pela qual a riqueza tem de ser cuidada e seu desenvolvimento promovido. Desta forma cria-se uma ruptura na personalidade do homem: entre suas emoções, sua sinceridade e vulnerabilidade, de um lado e, de outro, a armadura de seu caráter, colocada sobre ele por sua posição social e econômica.

Essencial para uma vida tranqüila é estar livre de preocupações

O sonho de vencer, ser bem sucedido e ter o seu talento reconhecido pela sociedade é comum à maioria das pessoas. A diferença é que, refletindo sobre a sua Evolução Consciente, algumas pessoas tomam providências para transcender o plano dos sonhos, dos projetos e passam a torná-los realidade. “Todos vivemos sob o mesmo céu, mas nem todos vêem o mesmo horizonte”, já dizia Konrad Adenauer. Estes são os que vencem, enquanto o resto fica lamentando a falta de sorte.

Esqueça o azar e jamais deixe de acreditar na sua capacidade, na sua força de lutar, na sua lucidez e na sua boa formação ética e profissional. Competir é uma questão de sobrevivência, mas às vezes é apenas um hábito. O homem consistente acredita no destino, o caprichoso, na sorte e o de realizações, na perseverança, que é a mais difícil das três. Nos dois primeiros casos, o que há a fazer é sentar e esperar. Mas a perseverança necessita de muita luta, esforço e paciência.

Quando as coisas ficam fáceis é fácil parar de crescer

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