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Monte das Tentações em pleno deserto da Judéia

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Após percorrer a pé aquela área, dirigimo-nos a uma montanha a oeste, onde ficava o monastério grego ortodoxo de Quarental ou Monte das Tentações, em pleno deserto da Judéia. Teria sido nesse local que Jesus se isolou e jejuou por quarenta dias, após ser batizado por João.

Seu objetivo era se fortalecer para concretizar a realização de sua missão. Para alguém levar a cabo com êxito a sua tarefa, tem antes de se conhecer. Até Jesus precisou buscar a solidão para descobrir quem era e avaliar a completa extensão de seus dons. O fato de ele se descrever depois em imagens verbais concisas é um testemunho da força do autoconhecimento e da auto-estima: “Eu sou a luz”, disse. “Sou o caminho. Sou a videira. Sou o bom pastor. Sou a porta.” Utilizava uma variedade de imagens poderosas e positivas, para afirmar, tanto a si mesmo quanto aos outros, quem ele era.

Estive em uma gruta transformada em capela, indicada como o palco exato daquele acontecimento bíblico. Para alcançá-la, subi as escadarias de Hulda, na parede sul do monte do templo. Elas conduziam ao pátio na época do segundo templo e foram os degraus usados por Jesus: “E logo o Espírito o impeliu para o deserto. E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam” (Marcos 1:12-13). No século IV d. C., eremitas passaram a viver nas diversas grutas naturais ali existentes.

A aridez da região, o ar seco e o calor causavam uma certa agonia. Era quase insuportável. Só então pude ter uma dimensão maior do sacrifício a que Jesus se expôs, para testar e desenvolver ao máximo sua capacidade de resistência a pressões. Ele buscou simbolicamente a ausência de tudo, despindo-se também em seu interior, para entender com honestidade quem era e qual a sua missão. Tornou-se, em essência, um ser em estado puro. A partir daí, foi montando o quebra-cabeça da sua personalidade, aparando as arestas onde necessário e fortalecendo os pontos já resolvidos.

Desse modo, preparou-se para o seu extraordinário empreendimento, resistindo com determinação às tentações que o afastassem de seu objetivo, da causa que escolheu para dimensionar a sua existência. Embora fosse o Filho de Deus, considerando-se o caráter religioso, foi feito homem e submetido a todas as contingências de ser humano. Portanto, apesar de regido por desígnios divinos, era dotado de livre arbítrio, que utilizou sem muita parcimônia, mas com critério.

Tinha certeza do que queria e concentrou-se em sua meta. Nada nem ninguém conseguiria demovê-lo. Ele se fez uma rocha de vontade e autoconfiança, ainda que soubesse desde o início que para se alcançar o êxito tem-se de pagar um preço, que pode ser tolerável ou alto demais. No entanto, o saldo positivo do encontro consigo mesmo superaria qualquer obstáculo. No deserto, quando o demônio prometeu-lhe “abençoe-me e você possuirá o mundo”, Jesus disse “não”; quando o desafiou, propondo “então, satisfaça sua fome e transforme estas pedras em pão”, novamente ele disse “não”. Depois de quarenta dias se testando e purificando, teve certeza de quem era e para que fora chamado. Após essa experiência, passou a usar a expressão “eu sou” ao se descrever.

Esse exemplo aplica-se com perfeição ao processo de busca de autoconhecimento e realização do indivíduo. É importante que cada um se recolha ao seu deserto interior, despindo-se de preconceitos e valores preestabelecidos, para então se descobrir, compreender o que deve ser aperfeiçoado e valorizar as qualidades intrínsecas ao seu processo. Como conseqüência, estará se capacitando a definir com transparência seus objetivos principais e secundários, ou seja, sua missão, estabelecendo prioridades, sem se deixar desviar do rumo traçado por prováveis infortúnios ou sofrimentos. Não se é feliz nem infeliz para sempre.

É fundamental aprender a escrever e organizar o roteiro da própria vida, com os pés no chão e a cabeça nos sonhos. Tudo que se fala ou se faz desencadeia uma reação de causa e efeito. Não importa a relevância ou o escopo da missão, se maior ou menor. Toda pessoa tem um papel na história da humanidade, por mais anônima que seja. Ninguém pode fugir à responsabilidade de existir plenamente. O segredo é ter simplicidade ao decidir como agir. Quando Jesus disse a seus seguidores “tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim… Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11:29-30), alertava para que uma missão devidamente ordenada ajusta-se perfeitamente aos que estiverem dela encarregados. No entanto, só será vivida por inteiro se houver a consciência do que se tem a fazer, ou seja, um objetivo claramente definido.

O líder, especificamente, tem de ter uma visão mais ampla da realidade e assumir como sua a luta pelos interesses de todos aqueles que estão sob o seu comando. Há ocasiões em que até as pessoas mais próximas põem em dúvida uma liderança e sua missão. É nesses momentos que a confiança em si mesmo e nos outros, bem como a determinação são fatores decisivos. Jesus, por exemplo, estabeleceu suas intenções, metas, táticas e ações, e manteve-se fiel a elas.

Para concretizar o plano de propagar sua mensagem, procurou satisfazer três necessidades: executou as tarefas a que se propôs, ensinando, e realizando curas e milagres; montou uma equipe de colaboradores e motivou-os; deu ferramentas a seus seguidores para que crescessem e desenvolvessem a autoconfiança, bem como a iniciativa. Esta preparação tornou-o um exímio identificador de problemas no grupo e habilitou-o a ter uma noção exata do rumo que os discípulos estavam tomando.

Como era um verdadeiro líder, soube acomodar interesses diversos, com soluções justas, na maioria das vezes, ainda que em uma primeira análise algumas de suas atitudes não fossem compreensíveis.

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