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Em Boston, com amigos antes de percorrer a Route 66

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A minha agenda para aqueles dias em Boston estava repleta de encontros com amigos que fiz quando morava ali. À medida que me aproximava do Centro, lembrava de o quanto a cidade me parecera assustadora da primeira vez. Boston não é exatamente muito grande.

Cercada de mar por quase todos os lados, parece um grande aterro. Aliás, boa parte dos bairros novos são resultado da engenharia humana. Mesmo assim, fiquei um pouco intimidado com os arranha-céus das mais variadas cores, formas, tamanhos e materiais nas fachadas. Os viadutos, verdadeira mania americana, deixam o homem muito pequeno. Sob estas gigantescas “obras de arte”, segundo a denominação dada pelos arquitetos, a cidade fica mais escura, soturna, hostil até.

Quando cheguei à casa de Amaro, que ficava na Larch Street, só queria saber de dormir. Estava no meu limite. Embora não tenha sido uma viagem das mais cansativas, o tal de jetleg, síndrome que acomete quem percorre longas distâncias de avião, derrubou-me. Chega um momento em que as pessoas falam com você e parece que elas estão em rotação lenta, mas, na verdade, é você quem está. Era assim que eu me sentia: devagar, quase parando. Resolvi, então, dar uma folga para o corpo e fui me deitar, mas o estômago acabou reclamando seu naco de atenção.

Estava prestes a percorrer um símbolo que desperta paixão e curiosidade. A Route 66 faz parte da galeria de mitos americanos. Estar com os amigos em Boston era também motivo de forte emoção. Todos eles me ajudaram muito naqueles tempos difíceis. Amaro, por exemplo, chegou a rachar comigo as despesas de um quarto, quando estávamos os dois cheios de planos. Assim, poucos dias antes de eu iniciar a nova aventura, fizemos uma reunião com todos os companheiros dos “velhos tempos”:

Estava prestes a atravessar uma região mítica e que me era desconhecida, de todas as maneiras possíveis e imagináveis. Para viajar sem um esquema previamente montado, é preciso, sem dúvida, ter resistência. Consciente disso, aproveitei minha semana em Boston para, além de comprar os últimos equipamentos necessários à viagem, preparar-me sob três pontos de vista: biológico, psicológico e físico.

A preparação biológica era mais fácil. Teria que me acostumar de novo a dormir menos, a andar mais durante o dia e à dieta americana. No aspecto da resistência física, Boston foi muito útil, pois a cidade é um paraíso para quem curte caminhar. Percorrer as ruas estreitas, todas de mão única, com tráfico pesado e traçado obtuso, faz a pessoa se sentir na Europa em pleno território americano, sobretudo quando se passa por Beacon Hill, com suas casas elegantes, de tijolos e jardineiras, e seus moradores de modos rígidos, geralmente bem vestidos e com sotaque britanizado.

Quanto à parte psicológica, faltava-me algo: preparar-me adequadamente para o inesperado, para os problemas, os desafios, que sempre surgem ao longo de qualquer jornada. Aprender a enfrentar e vencer o medo é um exercício a que a humanidade vem se dedicando possivelmente até mesmo desde antes de Alexandre, o Grande. Quem se deixa dominar pelo medo tem maior dificuldade de arranjar uma solução criativa para resolver impasses. E não só os de uma viagem.

Todos temos limites, alguns deles intransponíveis. Procurar o equilíbrio foi a minha missão principal naqueles dias em que andei, fiz compras, conversei com os amigos e me informei a respeito de tudo que tinha 66 no nome. Suponho que possa estar passando a impressão equivocada de ser uma pessoa saudosista, presa ao passado ou qualquer coisa semelhante.

Cidade nos Estados Unidos

Boston

Estados que fazem parte da Route 66
Países nas Américas

Argentina | Bolívia | Chile | Curaçao | Estados Unidos | Peru | Uruguai

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