Há diversos motivos para se visitar a Toscana: conhecer a arte renascentista em Florença, provar da insuperável culinária e esbaldar-se com seus maravilhosos vinhos, além de suas belas praias.
A região da Toscana possui mais de 7 mil vinhedos e é a mais procurada pelos turistas. Como a paisagem é ondulada, com muitas colinas, os vinhedos situados em pontos relativamente altos das encostas fornecem a maioria dos vinhos de qualidade superior.
Fatores que influenciam esta característica são: a altitude, cuja concentração da luz do sol pelo tempo necessário favorece o correto amadurecimento das uvas; e a variação de temperatura entre dia e noite nas zonas mais altas.
A Toscana revela uma Itália muito mais tranqüila e bucólica, mantendo vivas diversas tradições que não se encontram nas cidades maiores, como a época da colheita da uva. Nesta região, são produzidos os rótulos como o Chianti Classico, o Vino Nobile de Montepulciano (semelhante ao Chianti, mas considerado superior), o Vernaccia di San Gimignano (branco fresco e frutado) e o festejado Brunello di Montalcino (tinto feito da uva Sangiovese).
O Chianti, vinho seco com notas de fruta muito concentrada pode ser tanto produzido com uvas tintas como a Sangiovese e a Canaiolo, quanto com as brancas como a Trebbiano e Malvásia. Há uma lenda curiosa que envolve os vinhos Chianti. Disputas políticas envolvendo as cidades de Siena e Florença, em meados do século XVII, quanto à extensão territorial de cada uma alcançaram também a denominação dos vinhos Chianti.
A fim de resolver essa questão, foi proposta a realização de uma prova para delimitar as fronteiras: uma corrida que envolveria um cavaleiro de cada cidade que deveria sair em direção à outra assim que o galo cantasse na alvorada. A fronteira seria o ponto onde eles se encontrariam. O povo de Siena escolheu um galo bonito, robusto e bem nutrido para cantar na alvorada; o povo de Florença, um galo negro, magro e mal alimentado. O galo de Florença acordou mais cedo, pois tinha fome, e cantou antes do galo de Siena. Isso favoreceu o cavaleiro de Florença, levando boa vantagem. Como consequência, Florença conquistou um território maior que a vizinha. Dizem que essa disputa também levou para Florença a exclusividade do nome Chianti que é representada nas garrafas por um galo negro.
Entre as vinícolas, merecem destaque.
-Biondi Santi: ali foi engarrafado, em 1888, o primeiro Brunello di Montalcino. Por esse motivo, a vinícola é parada obrigatória para os amantes da bebida. Há um tour gratuito pelo processo de produção, mas a degustação de dois rótulos da casa é pago.
– Fattoria dei Barbi: esta vinícola é outra produtora do Brunello di Montalcino. Os tours guiados têm preço em conta e as degustações são pagas à parte. Dentro da propriedade tem uma taverna charmosa que convida o visitante a almoçar.
– Poggio Antico: esta vinícola menor que as outras também produz o Brunello di Montalcino. Sua localização, a 450 metros acima do nível do mar, oferece vistas espetaculares para a paisagem toscana. Dá para degustar até 3 rótulos, por um valor pago à parte.
– Altiero: trata-se de uma pequena fazenda de produção familiar. Visita repleta de calor humano, já que é conduzida pelos próprios donos. Aproveite para checar por ali os preços dos tipos de azeite de oliva e alguns cosméticos 100% orgânicos também fabricados na propriedade!
– Barone Ricasoli: é a mais antiga da Itália (em funcionamento até hoje!) e apontada como local de nascimento do vinho Chianti, no século IX. A propriedade, o bonito Castello di Brolio, possui 230 acres de plantação ao redor. O tour inclui visitação do castelo, da área de produção e degustação dos vinhos.
– Villa di Vignamaggio: apenas uma curiosidade, mas nesta propriedade viveu a família Gherardini, cuja integrante mais famosa foi Monalisa, musa de Leonardo da Vinci. Informe-se no site sobre a visita guiada que inclui a prova de dois vinhos e um azeite de oliva.
– Antinori: a menos de 20 km do centro de Florença, entre vinhas e olivais alinhados com precisão geométrica, fica a propriedade da família Antinori, produtora de vinhos mais tradicional da Toscana. A visita mais simples inclui degustação de 3 rótulos. Apesar dos seus 600 anos de história, a infraestrutura da nova adega é impressionante: museu do vinho, loja de livros, coleção de arte, bar de vinhos e salas de degustação. No museu com entrada franca, a atração é uma réplica de uma máquina criada por Leonardo da Vinci para triturar uvas.
– Badia a Passignano: também da família Antinori. A propriedade dispõe de tours com degustação e também é possível fazer aulas de culinária. Maiores informações sobre passeios e cursos, além de agendamentos, somente no site.
– Castello di Ama: castelo do século XII lindamente reformado! Além dos vinhos de sabor incomparável, o local tem o estado-da-arte em produzir um excelente azeite extra-virgem, que pode ser incluso na degustação.
– Castello di Nipozzano: o tour à propriedade de mais de 1000 anos de existência inclui uma visita às caves monumentais onde o Chianti Rufina (a maior denominação na região de Chianti) é envelhecido. A sala de degustação em uma cozinha antiga e os vinhedos perfeitamente mantidos em todo o vale são destaques deste local.
– Capezzana: o passeio possibilita degustações de vinho e alimentos nesta propriedade de 650 hectares produtora de vinho e azeite extra-virgem desde 804. O vinho tinto é um dos melhores da região, aproveite para comprar alguns rótulos. Possui, além dos belíssimos vinhedos orgânicos, uma floresta, oliveiras e uma escola de culinária.
– Salcheto: uma vinícola ecologicamente correta! A maior parte da energia gerada ali vem de fontes renováveis e materiais reciclados da própria adega. Há práticas de recuperação de água, painéis solares que fornecem a energia para o porão e tanques de vinho operam reduzindo o excesso de gás carbônico (um dos gases do efeito estufa) liberado durante a fermentação. Assim, a Salcheto é a primeira vinícola da Europa certificada para usar o selo de carbono verde em suas garrafas. A propriedade é linda e os vinhos são de primeira qualidade!
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